O Mundo do Mar

"Mundo do Mar", sim, e não "Mar do Mundo", porque não é de água que se fala aqui. Em cada pessoa há um mundo. E aqui está uma pequena parte do meu.

sábado, janeiro 06, 2007

Hilariante, a piada na igreja!

Vim há pouco de umas bodas de ouro. Bem porreira, por sinal, a festa.
Mas o que venho contar é o que se passou no fim da missa e que ainda agora me faz rir...

Os convidados para a cerimónia recebiam (dos "noivos") um cachecol.
Pois bem, como a missa foi agradável e terminou com boa disposição, alguém foi colocar também um desses cachecois ao padre.
E no preciso momento em que lho deram, um dos homens presentes soltou a seguinte piada, dirigindo-se ao padre, já com o cachecol aos ombros:

"Cuidado aí, ao Saddam também puseram uma coisa assim (ao pescoço) e não deu bom resultado!"

A seguir riu-se, assim como grande parte das pessoas, e eu não fui excepção.
Aliás, de cada vez que me lembro, rio-me: haveria alguma piada mais desadequada a uma celebração dumas bodas de ouro, numa igreja, e ainda por cima quando a pessoa em causa era o próprio padre?!

Pois, também acho que não...

12 Comments:

  • At janeiro 06, 2007 1:22 da tarde, Blogger Guru(San) said…

    Olá!
    Pois meu amigo, tens que te recordar, que um padre, independentemente de ser um padre, é um homem, falível como outra pessoa qualquer.
    Como em todas as outras profissões, temos bons e maus profissionais.

    Mas mesmo assim a piada foi gira (apenas contada na hora errada, pela pessoa errada, no local errado!!!).

     
  • At janeiro 07, 2007 4:52 da tarde, Blogger L u i s P e s t a n a said…

    O melhor humor é mesmo esse...

    A ideia do humor é usar algo que não se espera, dai levar a uma reacção das pessoas.

    P.S.: E claro que os padres são homens normais, mas uma das diferenças é terem mulheres a trabalhar de graça (ex.: limpeza da casa que eles pelos vistos “não podem” fazer e faz uma voluntária) porque pertencem a uma religião que trata as mulheres como seres inferiores, onde não podem decidir nada, nem ter funções importantes, só mesmo seguir ordens...e era tão fácil mudar isso...mas o problema é não se querer...ou se calhar acham mesmo que as mulheres não são igualmente capazes…
    Para algumas coisas evoluem (ex.: os bispos andarem de jacto privado), para outras coisas como uso do preservativo, celibato, respeito pelas mulheres já não…

     
  • At janeiro 08, 2007 12:42 da manhã, Blogger Pedro do Mar said…

    Foi exactamente o q achei: piada gira, no momento e local errado, o q torna a cena mais engraçada ainda!
    Nisso concordo com o Pestana, a importância do factor surpresa no humor.
    Não concordo é qd ele fala dos padres.

    Pestana, acho q só dizes isso dos padres por eles pertecerem a uma instituição hipócrita, podre e decadente.

    Ups... espera... a "Igreja" que toma aquelas posições são eles... e se a ela pertencem, não a condenam... :-s Afinal concordo contigo.

    :-/

    Abraços

     
  • At janeiro 15, 2007 12:19 da manhã, Anonymous Anónimo said…

    Eu acho é k se esqueceram de amarrar o cachecol e de abrir as comportas.... :D

    Abraço

     
  • At janeiro 15, 2007 1:45 da manhã, Blogger Pedro do Mar said…

    Eh pá, que maldade...
    Sem comentários...

    Aliás, até te digo uma coisa a propósito disto: "Quem defende a pena de morte devia ser executado!"

    :-p

    Abraço

     
  • At janeiro 15, 2007 9:44 da manhã, Blogger Unknown said…

    Confesso que quando li este post, achei graça à piada e claro que me ri.
    Durante vários séculos até há aparentemente pouco tempo, as execuções eram espectáculos publicos, em que se incentivava a população não pensante a brincar com todo e qualquer respeito que poderia haver por uma vida humana. Hoje em dia, apesar de grande parte das pessoas se considerar contra a pena de morte, todos fizeram questão de ver quase em directo o espectáculo do enforcamento. Tentei evitar, sem sucesso, devido a todas as manchetes ver essas imagens. Chocantes sem duvida. Uma coisa que deveria servir para pensar um pouco no que aconteceu..
    A razao de estar aqui a escrever, é ter-me lembrado deste post ontem ao ver na televisão umas imagens reais do enforcamento com umas legendas para gozar com a situação.
    Depois de todo o espectáculo que os media fizeram, que equiparo aos enforcamentos ou decapitações na praça publica, a população ainda não tomou consciência do que aconteceu? Porra, duvido que na idade média após uma decapitação alguém fosse lá pegar na cabeça e fazer piadas. Também não imagino pegarem nos corpos decapitados e fazerem um espectáculo de marionetas!

     
  • At janeiro 15, 2007 12:07 da tarde, Blogger L u i s P e s t a n a said…

    Também concordo que os Gato Fedorento exageraram

     
  • At janeiro 15, 2007 10:54 da tarde, Blogger Pedro do Mar said…

    Jacek, belo comentário. Concordo com praticamente tudo o que disseste.

    Mas não censuro os Gato Fedorento por terem gozado com aquilo. Não acho que haja temas com que não se pode brincar.

    Para mim houve duas coisas de que não gostei naquele sketch:
    - o facto de terem usado imagens reais do enforcamento;
    - não terem conseguido ter piada, já que o guião que escreveram para aquilo não tinha graça.

    Abraços

     
  • At janeiro 16, 2007 2:57 da tarde, Blogger Unknown said…

    Claro que se pode brincar com qualquer tema... Existem pessoas que se riem quando alguém chumba num exame, outras que se riem quando alguem parte a cabeça, houve quem se risse quando um jogador morreu em campo, há quem se divirta quando um touro morre na arena, certamente que há quem se ria do corpo das pessoas ho holocausto.. Mas será isso humor que deve ser respeitado?

     
  • At janeiro 16, 2007 5:55 da tarde, Blogger Pedro do Mar said…

    "Fazer humor" é quase como "fazer amor": apenas muda a segunda palavra. Mas rima! E se rima é porque tem o seu quê de verdade.

    :-/

    (PS: este comentário, além de descabido, é completamente inútil neste contexto. Vou fazer outro.)

     
  • At janeiro 16, 2007 6:12 da tarde, Blogger Pedro do Mar said…

    Jacek, "rir" duma coisa não é "fazer humor" com isso.

    Já muita gente fez humor à custa de coisas que, por si só, nada têm de engraçado.
    E é também isso que distingue os bons comediantes dos demais.

    Quando digo que não há temas com que não se possa brincar, digo-o porque entendo que o humor não profana o passado. As 'anedotas do Hitler' ou o humor negro de anedotas em que morre alguém, não me escandalizam: rir-me-ei delas se me surpreenderem e lhes achar piada.

    O problema, no caso do sketch do Gato Fedorento, foi mesmo que aquilo não teve graça. Mas se pensarmos um pouco, como é possível uma pessoa não se rir da piada real do homem na igreja?! O tema foi exactamente o mesmo: o enforcamento do Hussein.

    A morte não me faz rir, como sabes, mas saberás também o quanto me rio com a anedota:

    "Mãe, é verdade que as pessoas da nossa família morrem de repente?
    (pausa)
    Mãe?! Mããee!!"

    Abraço

     
  • At janeiro 17, 2007 10:35 da manhã, Blogger Unknown said…

    O que me revoltou nestes ultimos tempos, foi a execução publica de alguém, o facto de se fazer um espectáculo com a pena de morte, tal como se fazia há uns séculos. Pensei que essas imagens (as oficiais) não deveriam ser divulgadas da forma que foram. E claro, revolta-me o facto de essas mesmas imagens serem agora usadas para entretenimento.
    Claro que se pode brincar com qualquer tema.. mas não é por acaso que antes de qualquer anedota racista, olha-se para todos os lados :-D

     

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