"O Perfume"
Em 1997 li pela primeira vez um livro que não os da escola ou os da colecção "Uma Aventura".
Na altura adorei-o e continuo a achar que nem o próprio "O Código Da Vinci" prende mais a atenção do leitor.
Quando o terminei, pensei no bom que seria se alguém adaptasse "O Perfume" ao cinema.
Fiquei, por isso, com uma enorme expectativa quando recentemente vi o anúncio ao filme.
Claro que o filme não será melhor que o livro, nem tão pouco o substituirá, mas certamente será um filme que valerá a pena ver.
6 Comments:
At setembro 19, 2006 12:47 da manhã, Anónimo said…
Bom livro.
Se pensarmos, a história é de uma originalidade incrivel. A busca de todos os cheiros que nos envolvem sem olhar a meios...
O Patrick Süskind escreve, geralmente sobre obsessões, o perfume, a pomba, o contrabaixo. Todos retratam uma obsessão levada ao extremo.
Gosto deste escritor, da forma e dos temas.
Abraço
At setembro 19, 2006 3:26 da tarde, L u i s P e s t a n a said…
Foi um dos melhores livros que ja li, mas duvido que em filme se possa sentir o ambiente como no livro, pois a historia puxa mesmo pela imaginacao do espaco e dos sentidos e no filme isso vai-se perder...tal como costume...
At setembro 19, 2006 5:27 da tarde, Anónimo said…
Não haja dúvida que se trata de um livro absolutamente fantástico. Um dos meus preferidos!
Este livro dá ao perfume uma importância que a maioria das pessoas não reconhece, mostrando (ainda que numa obra de ficção) o quanto ele pode influenciar comportamentos e encerrar em si a essência de algo. Um perfume pode levar-nos de viagem a um espaço distante no tempo, a recordações de momentos em que o experimentámos. Pode inclusivé levar-nos a a formar opinião sobre uma pessoa com quem nunca falámos.
Pela interpretação subjectiva a que este livro se presta é certo e sabido que o filme vai estar longe do livro, embora não consiga perceber se um longe sofrível ou detestável. Já estou a imaginar um filme a la Jack, the Ripper...
É esperar para ver...
At setembro 20, 2006 8:30 da tarde, Pedro do Mar said…
Tal como o Pestana, também "duvido que em filme se possa sentir o ambiente como no livro"...
E claro que, como disse o Samuel, há o perigo do filme derivar para um "Jack, the Ripper", incidindo mais na segunda parte do título do livro: "História de um assassino".
Mas fica a esperança de que o realizador tenha a capacidade de transmitir a essência do livro, muito mais pela originalidade da história e o explorar duma obsessão de que o Gracinhas falava e não tanto pelos assassinatos em si.
Uma história destas seria assustadora se real, mas é uma obra de ficção fantástica! O autor inventa uma personagem genuína em tudo, plenamente fiel a si própria, desprendida de tudo o que considera acessório, na "busca de todos os cheiros que nos envolvem sem olhar a meios", como o Gracinhas escreveu (e bem).
Obrigado pelos vossos comentários.
Abraços mal cheirosos!!
At setembro 27, 2006 12:56 da tarde, Anónimo said…
Vou começar hoje a ler esse livro. Graças a ti. Se eu não gostar tás lixado!
;)
At outubro 05, 2006 7:45 da manhã, Anónimo said…
Ao ler a tua história, lembrei-me daquela charge do Hitchcock em que uma cabra perguntava à outra, que estava a comer uma película de filme, o que é que ela achava e a outra lhe respondeu: "não está mau, mas gostei mais do livro". Sempre que se põe esta questão de comparar um livro a um filme lembro-me desta anedota. Claro que são coisas distintas, formas de arte diferentes. Também li "O Perfume" e gostei muito, mas confesso que não pensei, na altura, que daria um filme. E porque não? O livro transporta-nos para a atmosfera exótica dos aromas e da sua ligação às pessoas. Marcou-me. Pelo meu lado, confesso que os aromas marcam acontecimentos e pessoas da minha vida.
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