Metade do cérebro... - Parte 2 de 2
Depois de alguns dias a adiar, aqui está a continuação ao 'post' anterior.
Vou então partilhar convosco as "perguntas/dúvidas" de que falei, pedindo apenas que párem de ler se em algum momento acharem este 'post' estúpido. É que será todo na mesma onda, não vale a pena ter esperança de encontrar algo diferente.
1)
Em primeiro lugar, esqueçamo-nos da impossibilidade de se fazerem transplantes de cérebro e pensemos no que se obteria se se transplantasse o cérebro de um tetraplégico para o corpo de uma pessoa em morte cerebral.
Acho que a pessoa que sairia dessa operação seria a outrora tetraplégica, já que seriam as suas recordações, pensamentos, sentimentos, etc, que estariam nesta pessoa.
2)
Assumamos agora que o rapaz do 'post' anterior viveria também se tivesse perdido o hemisfério esquerdo e não o direito.
Ora, tal como se viu pelo facto do rapaz continuar a existir e a ser a mesma pessoa tendo apenas um hemisfério, pode-se dizer que cada um dos hemisférios é suficiente para que a pessoa continue a existir plenamente, desde que continue a ter corpo. Digo "a ter corpo" e não "a ter o seu corpo" porque em 1) já esclareci o que penso disso.
3.1)
Posto isto, imaginemos por exemplo que, em vez de se ter perdido, o hemisfério que não ficou na caixa craniana do miúdo tinha sido transplantado para uma pessoa em morte cerebral.
3.2)
Ou imaginemos o caso limite (para mim o mais rico de todos) em que se pegava no cérebro de um tetraplégico e se transplantava cada um dos hemisférios para dois corpos diferentes.
- Passaria a existir uma pessoa em duplicado?
- Seriam duas pessoas completamente novas, que iniciavam a sua vida já na idade adulta?
- Qual dos indivíduos (se é que algum) deveria ser amado pela família? E de que família estamos a falar?!
- E já agora, o que diria uma pessoa que acredita em almas? Algo do estilo "Ficaria meia-alma em cada pessoa"?
É muita coisa duma vez só, não?
Pois, também sinto isso. Há que digerir os pontos um-a-um.
Mas descansem: nunca ninguém precisou de pensar nestas tretas para ser feliz e não seriam certamente as últimas pessoas a dizer "este gajo passa-se e eu ainda perco tempo a ler estas coisas..."
(PS: obrigado pelos vossos comentários ao 'post' anterior.)
Vou então partilhar convosco as "perguntas/dúvidas" de que falei, pedindo apenas que párem de ler se em algum momento acharem este 'post' estúpido. É que será todo na mesma onda, não vale a pena ter esperança de encontrar algo diferente.
1)
Em primeiro lugar, esqueçamo-nos da impossibilidade de se fazerem transplantes de cérebro e pensemos no que se obteria se se transplantasse o cérebro de um tetraplégico para o corpo de uma pessoa em morte cerebral.
Acho que a pessoa que sairia dessa operação seria a outrora tetraplégica, já que seriam as suas recordações, pensamentos, sentimentos, etc, que estariam nesta pessoa.
2)
Assumamos agora que o rapaz do 'post' anterior viveria também se tivesse perdido o hemisfério esquerdo e não o direito.
Ora, tal como se viu pelo facto do rapaz continuar a existir e a ser a mesma pessoa tendo apenas um hemisfério, pode-se dizer que cada um dos hemisférios é suficiente para que a pessoa continue a existir plenamente, desde que continue a ter corpo. Digo "a ter corpo" e não "a ter o seu corpo" porque em 1) já esclareci o que penso disso.
3.1)
Posto isto, imaginemos por exemplo que, em vez de se ter perdido, o hemisfério que não ficou na caixa craniana do miúdo tinha sido transplantado para uma pessoa em morte cerebral.
3.2)
Ou imaginemos o caso limite (para mim o mais rico de todos) em que se pegava no cérebro de um tetraplégico e se transplantava cada um dos hemisférios para dois corpos diferentes.
- Passaria a existir uma pessoa em duplicado?
- Seriam duas pessoas completamente novas, que iniciavam a sua vida já na idade adulta?
- Qual dos indivíduos (se é que algum) deveria ser amado pela família? E de que família estamos a falar?!
- E já agora, o que diria uma pessoa que acredita em almas? Algo do estilo "Ficaria meia-alma em cada pessoa"?
É muita coisa duma vez só, não?
Pois, também sinto isso. Há que digerir os pontos um-a-um.
Mas descansem: nunca ninguém precisou de pensar nestas tretas para ser feliz e não seriam certamente as últimas pessoas a dizer "este gajo passa-se e eu ainda perco tempo a ler estas coisas..."
(PS: obrigado pelos vossos comentários ao 'post' anterior.)